Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel envolvido em um dos mandados de prisão preventiva emitidos pela Polícia Federal durante uma operação que investiga uma tentativa de golpe de estado, está programado para retornar ao Brasil neste sábado, 10 de fevereiro, após uma estadia nos Estados Unidos desde 30 de dezembro de 2022. A Polícia Federal notificou o comando do Exército sobre sua iminente volta ao país.

Corrêa Netto é o quarto alvo de mandado de prisão na operação da PF, que visa investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-assessores e ex-ministros por suspeita de envolvimento em um suposto golpe de Estado.

O mandado de prisão contra o coronel levanta preocupações entre alguns militares, considerando que ele foi instrutor de cavalaria na Academia Militar das Agulhas Negras por três anos e é bem-visto pela tropa.

Os pedidos de prisão preventiva foram embasados pela Procuradoria-Geral da República com base em mensagens encontradas nos dispositivos eletrônicos de Mauro Barbosa Cid, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro. Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Dos alvos, apenas o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto ainda não foi detido. Os outros alvos já presos são: Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército citado em investigações, como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e as supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro; e Rafael Martins, tenente-coronel do Exército.