O contrato da Prefeitura de Campo Grande com o Consórcio Cidade Morena para o gerenciamento de radares e lombadas expirou na última quinta-feira (05), sem renovação. O último termo aditivo, que incluiu um reajuste de 3,40% nos valores, foi publicado em setembro de 2023, 10 dias após o vencimento do prazo anterior.

O Consórcio é responsável por diversos serviços, incluindo a gestão de radares e câmeras de videomonitoramento. Desde o início do contrato em 2018, o poder público já pagou ao Consórcio cerca de R$ 29,9 milhões, e o contrato já teve sete aditivos.

A legalidade das multas aplicadas, a possível suspensão do serviço e a realização de uma nova licitação ainda são questões em aberto. A Prefeitura foi consultada, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.

Dados da Agetran mostram uma correlação entre o funcionamento dos radares e o número de mortes no trânsito. Em 2011, foram registradas 132 mortes, caindo para 70 em 2017, quando o contrato anterior terminou. Em 2018, sem os equipamentos, o número subiu para 87. No ano passado, foram 56 mortes, menos da metade de 2011, apesar do aumento da frota.