Conselho Federal de Medicina suspende ginecologista de MS por 30 dias após acusações de assédio sexual

| Créditos: Reprodução/Midiamax

O Conselho Federal de Medicina reverteu a cassação do registro profissional do médico ginecologista Salvador Walter Lopes, convertendo a pena em uma suspensão temporária de 30 dias. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (6). Lopes, que enfrenta processos de importação sexual e assédio sexual, teve a pena reformada pelo pleno do Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina.

Embora a maioria dos membros tenha confirmado a culpabilidade do médico, a decisão reformou a sanção aplicada pelo CRM-MS, que inicialmente cassou o registro profissional de Lopes. A nova determinação impõe uma suspensão do exercício profissional por um período de 30 dias.

A infração considerada pelo conselho foi deslocada do artigo 25 para o artigo 23 do Código de Ética Médica de 2018, que trata do tratamento do ser humano sem civilidade ou consideração, desrespeitando sua dignidade ou discriminando-o de qualquer forma.

O caso envolve relatos de pacientes sobre condutas impróprias durante consultas médicas, incluindo comentários inapropriados sobre o corpo e comportamento dos pacientes. Apesar das denúncias, o Conselho optou por aplicar uma censura pública em publicação oficial, divulgando o nome e registro do médico.

Enquanto isso, a Justiça agendou uma audiência para ouvir as acusações de assédio sexual e importunação sexual contra o ginecologista, movidas por uma das pacientes. A sessão está marcada para dia 20 de junho, às 13 horas. Lopes já teve seu rosto divulgado em um cartaz de 'Procura-se' pela Polícia Civil, relacionado a um crime de estupro com sentença condenatória.

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