O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), Ronaldo Chadid, de 63 anos, foi vítima de um golpe de clonagem de cartão em setembro do ano passado. A Justiça condenou o Banco do Brasil a ressarcir o valor de R$ 9.499,99 referente às compras fraudulentas e a pagar indenização por danos morais de R$ 10 mil.

Chadid, que está afastado do cargo devido à Operação Terceirização de Ouro, da Polícia Federal, que investiga venda de sentença e corrupção no TCE, teve o cartão clonado após utilizar uma máquina de cartão em um táxi na cidade de São Paulo.

Segundo o conselheiro, o taxista não tinha troco para a corrida e ofereceu a opção de pagamento por débito. Após duas tentativas frustradas de inserir o cartão na máquina, Chadid efetuou o pagamento em dinheiro. Posteriormente, foi notificado pelo banco sobre duas compras suspeitas realizadas em sequência.

Em sua decisão, o juiz Edil de F. Dalla Porta Franco, do 2º Juizado Especial Central de Campo Grande, considerou que houve falha na prestação de serviços por parte do Banco do Brasil, que não garantiu a segurança do cliente e não agiu com a devida agilidade para evitar o prejuízo.

A sentença, homologada pelo juiz F. V. de Andrade Neto, determina o pagamento de R$ 19.499,99 ao conselheiro, a título de ressarcimento e indenização por danos morais. O Banco do Brasil ainda pode recorrer da decisão.

Vale ressaltar que este é o segundo caso de conselheiro do TCE-MS que cai em golpes financeiros. O ex-presidente do órgão, Waldir Neves Barbosa, também foi vítima de estelionato ao tentar comprar equipamento agrícola pela internet.

Fonte: O Jacaré