No interior da Penitenciária de Segurança Máxima Gameleira II, na madrugada do último domingo (7), um trágico desfecho se abateu sobre Railson de Melo Ponte, conhecido como "Maranhão", de 28 anos, guardador de carros sentenciado recentemente a 18 anos de reclusão pelo assassinato de Danilo Cezar de Jesus Santos, aluno da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), de 29 anos.

Segundo relatos oficiais, Gabriel Chaves da Silva, 23 anos, e Geilson Rodrigues Santos, 35 anos, confessaram a autoria do crime, alegando que um deles segurou enquanto o outro sufocou Railson com um travesseiro até a morte. O incidente ocorreu na cela 2 do pavilhão 1, ala disciplinar A, onde os três compartilhavam espaço.

Autoridades penitenciárias foram alertadas pelos próprios detentos por volta das 3h30, encontrando Railson com evidentes marcas de lesões no pescoço próximo ao vaso sanitário. Após o isolamento de Gabriel e Geilson, estes admitiram a responsabilidade pelo homicídio.

Em procedimentos de interrogatório conduzidos pelo delegado Rodrigo Alencar Machado Camapum, Geilson revelou que ele e Gabriel estavam sob ameaça de morte por facções criminosas, sendo alvos tanto do PCC (Primeiro Comando da Capital) quanto do CV (Comando Vermelho). Alegou ainda que Railson, associado ao PCC, representava uma ameaça direta à vida de ambos. Gabriel, por sua vez, optou por exercer o direito constitucional ao silêncio.

Tanto Gabriel quanto Geilson enfrentam processos judiciais relacionados a crimes de tráfico de drogas e homicídios, ampliando o contexto de violência e criminalidade que os envolve.