Combustíveis: Preços devem subir com reajuste do ICMS e pressão sobre a Petrobras
- porRedação
- 09 de Janeiro / 2025
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| Créditos: Foto: Kleber Clajus
O preço dos combustíveis fósseis deve sofrer dois aumentos nas próximas semanas. O primeiro, devido à defasagem em relação ao mercado internacional, pressiona a Petrobras a reajustar o diesel e a gasolina. O segundo, em função do aumento anual do ICMS, previsto para fevereiro.
Segundo a Abicom, a gasolina da Petrobras está 10% abaixo do preço de paridade internacional (PPI), e o diesel, 16%. A diferença é de R$ 0,28 e R$ 0,54 por litro, respectivamente.
Com o reajuste do ICMS, a alíquota sobre gasolina e etanol subirá R$ 0,10 por litro, para R$ 1,47. Para o diesel e biodiesel, o aumento será de R$ 0,06, chegando a R$ 1,12 por litro. O Comsefaz justifica o aumento com base na alta dos preços entre fevereiro e setembro de 2024.
Apesar da pressão, a Petrobras só reajustou a gasolina uma vez em 2024, em 7,04%, sem alterações no diesel. Em Mato Grosso do Sul, o litro da gasolina subiu 23,90% em dois anos, chegando a R$ 5,96. O diesel caiu 5% no mesmo período, custando R$ 6,03.
A nova política de preços da Petrobras, que não considera mais o PPI, foi anunciada em julho de 2023. Após o anúncio, a gasolina em MS chegou a R$ 5,36 e o diesel caiu para R$ 5,01. Com o aumento do ICMS em fevereiro, os preços subiram para R$ 5,72 e R$ 6,00, respectivamente. O único reajuste da Petrobras no governo Lula 3 ocorreu em julho, elevando a gasolina para R$ 6,14 e o diesel para R$ 6,13.