Chuvas no RS: Barragem 14 de Julho se rompe; governo faz alerta

| Créditos: Reprodução/redes sociais

A barragem da Usina Hidrelétrica 14 de Julho , localizada entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves , no Rio Grande do Sul , se rompeu nesta quinta-feira (2) após os fortes temporais que atingem desde o final de semana passado. A informação foi confirmada pelo governador  Eduardo Leite (PSDB), que já havia antecipado a possibilidade de rompimento nos últimos dias. Segundo o administrador estadual, a evacuação da região foi feita na última quarta-feira (1º). Apesar do trabalho preventivo, ele chamou atenção da população que continua às margens do Rio Taguari .

"Acabei de receber a informação do rompimento da ombreira direita da barragem 14 de Julho, que fica em Cotiporã. Como já estava no mesmo nível no trecho anterior da barragem, o efeito não será uma devastação, mas vai ter o curso livre do Rio. Buscamos fazer todo o trabalho possível para evitar o rompimento, mas não foi possível devido ao acúmulo da água. Fizemos a evacuação desde ontem, fizemos os alertas. Em localidades que não conseguimos evacuar, pedimos para as pessoas saírem dos locais mais próximos do rio. Estamos fazendo esforço para levar aeronaves para a região", declarou.

Já o vice-governador Gabriel Souza informou que, num primeiro momento, o rompimento da barragem é parcial. O aliado de Eduardo Leite, porém, afirmou que é esperado o rompimento total e também fez alerta. "Vai significar muita água descendo pelo Rio Taguari, aumento ainda mais as enchentes nos municípios que estão abaixo deste ponto, ou seja, abaixo de Santa Bárbara", comunicou.

"Qual é a orientação imediata? Não é para esperar, não é para perguntar se é verde. Estou dizendo: saiam de casa e subam além do rio por seis metros. Pelo menos seis metros acima! Saiam das zonas baixas. A situação é gravíssima. Sigam essa orientação sob pena de perdermos muitas vidas", continuou.

Estado de calamidade
Mais cedo, o governo do Rio Grande do Sul já havia decretado estado de calamidade . Até o momento, 13 mortes foram confirmadas, enquanto outras 21 pessoas estão desaparecidas. Ao todo, 147 cidades estão sofrendo com os impactos das chuvas e quase 10 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. 

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