China suspende compras de carne brasileira após caso de gripe aviária em granja no Brasil


A China suspendeu as compras de carnes brasileiras após o Brasil registrar o primeiro caso de gripe aviária em granja comercial nesta sexta-feira (16). A informação foi confirmada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Ele explicou que o caso foi confirmado no Rio Grande do Sul, no município de Montenegro, e que o governo federal já decretou estado de emergência zoossanitária por 60 dias.

Apesar da suspensão, o ministro espera que a situação seja solucionada antes de completado os dois meses. “A gente já vinha em tratativas com o órgão oficial sanitário chinês para revisão do protocolo (sanitário), como conseguimos com os Emirados Árabes, Reino Unido e Japão. [O objetivo] era restringir a um raio de 10km a suspensão comercial, caso viesse a ocorrer algum caso [de gripe aviária]”, explicou.

No entanto, o gigante asiático adota um protocolo de restrição de todo o país. Ou seja, após um caso ser detectado, a China suspende as compras em todo o território nacional.

Fávaro disse que o foco da doença tem um período de 28 dias e que a pasta já conseguiu eliminar todas as outras aves com risco de contaminação e está rastreando os animais e ovos produzidos na mesma granja.

“Acreditamos que antes de 60 dias conseguimos restabelecer o comércio”, disse.

Risco para o ser humano

Fávaro explicou que a doença não tem risco de transmissão para o ser humano. “É importante dizer isso, para tranquilizar a população. A carne de frango e os ovos não é indicada para consumo cru, até por conta de outras doenças, como salmonella, e assim que ela [carne de frango] passa pelo processo de cozimento, elimina-se totalmente o vírus, caso haja contaminação [pela gripe aviária]”, explicou.

O ministro destacou que os riscos de contaminação são para os profissionais que têm contato direto e constante com o animal, como manuseio da carcaça. “Essas pessoas que têm acesso à granja são mais expostas, mas ainda assim há um protocolo para protegê-las”, garantiu.

As declarações do ministro foram dadas em entrevista na manhã desta sexta-feira (16) na CNN Brasil.

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