CGU denuncia Sesi/Fiems por acumular recursos públicos em detrimento de trabalhadores

| Créditos: Foto: FIEMS

Um relatório revelador da Controladoria Geral da União (CGU) expôs sérias irregularidades na gestão financeira do Serviço Social da Indústria/Fiems, presidido por Sérgio Marcolino Longen. Segundo a CGU, a entidade tem acumulado recursos públicos sem aplicá-los de maneira adequada em benefício dos trabalhadores da indústria de Mato Grosso do Sul.

A auditoria interna abrangeu as demonstrações contábeis dos exercícios de 2018 a 2022, período em que foram analisados diversos aspectos, incluindo o uso de imóveis próprios e alugados pelo Sesi. No entanto, o foco principal foi o manejo dos superávits operacionais, que não foram direcionados conforme os objetivos sociais da entidade.

O relatório aponta que, durante o período auditado, o Sesi manteve montantes expressivos em aplicações financeiras, que aumentaram significativamente de R$ 95.219.552,10 em 2018 para R$ 131.754.731,32 em 2022. Em contrapartida, apenas R$ 48.143.912,38 foram investidos no programa de gratuidade oferecido pelo SESI/MS.

A CGU criticou a gestão de Sérgio Longen, destacando a falta de normas claras para o uso dos superávits financeiros. Diante disso, determinou que o Sesi elabore um Plano de Aplicação com critérios objetivos para direcionar parte desses recursos em ações que beneficiem diretamente a sociedade, especialmente na ampliação do programa de gratuidades.

O Sesi/Fiems tem o direito de se manifestar sobre as conclusões da CGU e suas futuras ações para corrigir as irregularidades apontadas.

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