Cezário opta pelo silêncio em interrogatório, mas alega que R$ 800 mil apreendidos são economias
- porRedação
- 28 de Maio / 2024
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| Créditos: Henrique Kawaminami/Campo Grande News
O presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira, de 77 anos, decidiu exercer o direito ao silêncio e não será transportado do Presídio Militar de Campo Grande à sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) para interrogatório. Seu advogado, André Borges, afirmou que a situação do cliente é "péssima".
"Cezário não vai comparecer hoje aqui. Isso já foi informado [ao Gaeco] agora de manhã. Nesta oportunidade, ele vai se valer do direito constitucional ao silêncio. Porque ele está preso, a situação dele é péssima nesse momento", afirmou Borges.
O advogado ainda acrescentou que Cezário, apesar de fragilizado com a prisão, acredita que conseguirá provar sua inocência. "Ele nega ter praticado qualquer crime e diz ter plenas condições de apresentar as provas a respeito disso", disse Borges.
Investigado na Operação Cartão Vermelho, Cezário é acusado de liderar um esquema de desvio milionário de dinheiro do futebol sul-mato-grossense. Seu interrogatório estava marcado para às 14h15 desta terça-feira (28).
Além de Cezário, outras sete pessoas foram presas, incluindo membros de sua família e colaboradores da FFMS. Todos foram convocados para depor no Gaeco nesta tarde.
O advogado de Francisco Carlos Pereira, um dos investigados, afirmou que aguarda a apreciação do pedido de revogação da prisão preventiva feito em favor do cliente.
Por sua vez, a defesa de Rudson Bogarim Barbosa, gerente de TI da federação, pediu a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, como o monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Diante das acusações, Cezário alega que os R$ 800 mil encontrados em sua residência são fruto de economias pessoais. "Não é crime pela legislação brasileira manter dinheiro guardado em casa", defendeu Borges.
Apesar de não comparecer ao interrogatório, Borges afirmou que estão em análise pelo Judiciário pedidos de liberdade para Cezário e os demais presos.