O mercado de bioinsumos, produtos de origem natural para o cultivo agrícola, está em franca expansão no Centro-Oeste do Brasil. Com um faturamento anual de R$ 5 bilhões e projeção de triplicar até 2032, atrai empresas em busca de uma fatia desse promissor setor.

A busca por práticas agrícolas mais sustentáveis, impulsionada por consumidores e políticas governamentais, alavanca o interesse por bioinsumos. Mato Grosso lidera o consumo, seguido por Goiás e Mato Grosso do Sul.

Grandes feiras agrícolas na região evidenciam a procura por soluções inovadoras, especialmente para soja e milho. Empresas como Orígeo e Mosaic Fertilizantes investem em produtos e serviços para auxiliar produtores na jornada sustentável.

O fazendeiro Francisco Oliveira, de Mato Grosso, ressalta a importância da busca por uma agricultura mais sustentável. A Mosaic Fertilizantes, por sua vez, lançou a Mosaic Biosciences Brasil, com foco em bionutrição, visando otimizar os nutrientes do solo.

A resistência de algumas culturas a agrotóxicos tradicionais e a busca por alternativas mais eficazes também impulsionam o mercado. Segundo a CropLife Brasil, o segmento de bioinsumos manteve crescimento mesmo em um ano desafiador para o mercado de insumos.

A expectativa é de que o setor continue a crescer, com a expansão da indústria, o manejo integrado de químicos e biológicos e o desenvolvimento de novas tecnologias. Além da Orígeo, a UPL e a Vittia investem em bioinsumos, buscando oferecer soluções mais equilibradas e eficientes para o agronegócio.

Incentivos governamentais, como taxas de juros reduzidas para produtores que adotam práticas sustentáveis, também contribuem para o crescimento do mercado. O Plano Safra 2024, com valor recorde de R$ 400,5 bilhões, e o plano ABC+ reforçam o compromisso com a sustentabilidade no campo.