Cardeal norte-americano Robert Prevost é eleito novo papa e adota nome de Leão 14

Nascido em 1955 em Chicago (EUA), em uma família de origens europeias, Prevost também viveu duas décadas no Peru | Créditos: Tiziana FABI / AFP


 O cardeal americano Robert Prevost, de 69 anos, foi eleito o 267º papa da história da Igreja Católica nesta quinta-feira, adotando o nome de Leão 14. A escolha ocorreu no conclave reunido na Capela Sistina, com a participação de 133 cardeais votantes. Era necessário o apoio de, no mínimo, dois terços dos eleitores para a eleição do sucessor de Francisco, líder de cerca de 1,4 bilhão de fiéis em todo o mundo.

O nome de Prevost ganhou destaque durante o conclave iniciado na quarta-feira (7). Apesar de analistas considerarem improvável a eleição de um norte-americano, o cardeal era visto como um candidato viável entre os dez cardeais dos Estados Unidos presentes no conclave. Seu perfil equilibrado, com histórico de diálogo entre alas conservadoras e progressistas da Igreja, pode ser um fator crucial em um momento de divisões internas.

Prevost ocupava o influente cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos desde 2023, nomeado por Francisco, o que lhe conferiu visibilidade global. Nascido em Chicago em 1955 e com nacionalidade peruana devido a duas décadas como missionário agostiniano no Peru, onde também foi bispo, Prevost tem formação em direito canônico.

Em seu primeiro discurso na Praça São Pedro, o papa Leão 14 enfatizou a busca pela paz, pedindo ajuda aos fiéis para construir pontes de diálogo em meio a conflitos internacionais. Ele também recordou sua ligação com o Peru, saudando sua antiga diocese de Chiclayo em espanhol.

Embora próximo ao papa Francisco em alguns aspectos, Prevost já expressou visões menos acolhedoras em relação a pessoas LGBTQIA+ e enfrentou críticas sobre sua atuação em casos de abuso sexual quando bispo no Peru. Em entrevista anterior, ele reconheceu a grande responsabilidade dos bispos em lidar com a questão dos abusos na Igreja.

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