Brasil assume presidência do Mercosul em julho, com objetivo de incluir setor automotivo
- porR7
- 27 de Junho / 2025
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Bandeiras do Mercosul e da União Europeia (UE) | Créditos: Reprodução/Ipea
O Mercosul, bloco integrado por Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina e Bolívia, será presidido temporariamente pelo Brasil a partir da próxima semana. O comando do grupo é rotativo e está sob a Argentina, que conclui o período à frente do bloco na próxima quinta (3), após a cúpula de chefes de Estado, em Buenos Aires.
Entre as prioridades da liderança brasileira, está a inclusão do setor automotivo nos acordos do Mercosul e concluir a incorporação da Bolívia como Estado-parte (leia mais abaixo).
Segundo a secretária de América Latina e Caribe do MRE (Ministério das Relações Exteriores), embaixadora Gisela Padovan, a expectativa é montar um grupo de trabalho para discutir a inclusão do setor automotivo no Mercosul. “Mais ou menos um quarto de todas as trocas estão no setor automotivo, que ainda é por meio de acordos bilaterais”, informou.
Segundo o MRE, o governo brasileiro apresentou uma minuta de acordo para uma política industrial comum.
Outra ideia do Brasil à frente do bloco é incluir o setor açucareiro. Gisela informou que, no caso dessa área, não há sequer tratados bilaterais. Um eventual acordo abarcaria também a cadeia de produtos agregados do açúcar.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da reunião na capital argentina, que encerra a presidência do país vizinho. Na cerimônia, o início do período brasileiro no comando do bloco será oficializado.
A última cúpula de chefes de Estado do bloco ocorreu em dezembro do ano passado, em Montevidéu, no Uruguai. O evento contou com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para anúncio da conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia. O tratado, que ainda não entrou em vigor, está na fase de adequações em cada país.
A Bolívia aderiu ao Mercosul em julho do ano passado, com a ratificação do protocolo de entrada pelos demais países membros. A nação tem cinco anos para se adequar às normas do bloco, e um dos objetivos da presidência brasileira do Mercosul é acelerar o processo.