“Brasil Acima das Trincheiras”

| Créditos: Imagem criada por IA/Conteúdo MS

Nos tempos de hoje, há quem tente transformar tudo em uma batalha entre direita e esquerda, como se o mundo fosse um eterno campo de guerra ideológica. Mas eis que, de repente, surge um lampejo de sensatez no meio do caos político: a senadora Tereza Cristina propõe um projeto de lei que une forças em defesa do Brasil. E, como deveria ser sempre, sem bandeiras partidárias, apenas com a convicção de que o interesse nacional deve estar acima de tudo.

O Senado, que tantas vezes se perde em discursos vazios, aprovou por 70 votos a 0 uma medida que impõe a reciprocidade de regras ambientais e comerciais nas relações do Brasil com outros países. Ou seja, se lá fora impuserem barreiras aos nossos produtos, podemos reagir na mesma moeda. Nada mais justo.

O curioso – e talvez o mais bonito nessa história – é ver políticos de diferentes espectros aplaudindo a iniciativa. Randolfe Rodrigues, líder do governo, elogiando a ex-ministra de Bolsonaro? Sim, aconteceu. Jaques Wagner, petista de longa data, defendendo o projeto da senadora progressista? Sim, também aconteceu.

Tereza Cristina, com a firmeza que lhe é característica, deixa claro: “O Brasil não afronta, mas precisa se proteger”. E como discordar? Afinal, ninguém gosta de entrar numa briga sem ao menos ter como se defender.

Agora, falta a Câmara dos Deputados fazer sua parte e Lula sancionar a lei. Se tudo correr como deve, o Brasil terá mais uma ferramenta para se proteger de medidas injustas.

E a lição que fica? Quando o interesse nacional está em jogo, não deve haver trincheiras ideológicas. O verdadeiro ato democrático é saber reconhecer quando um projeto é bom para todos, independentemente de quem o propôs. Afinal, democracia não pode ser "olho por olho, dente por dente". Se for assim, acabamos todos cegos e desdentados.

Parabéns, senadora! Sua postura representa mais do que um estado ou um partido – representa os  212,6 milhões de habitantes e mostra o que a política deveria ser de verdade.

Por Alcina Reis


Compartilhe: