Beto Pereira usa dados antigos para criticar educação na Capital

| Créditos: Foto: Nathália Alcântara, Midiamax

Em meio ao embate político que se desenrola com o aquecimento das campanhas eleitorais, o candidato a prefeito Beto Pereira, em um movimento estratégico, trouxe à tona dados históricos do Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Ele busca, com isso, ressaltar as falhas no ensino em Campo Grande, contrastando o passado com o presente e destacando a suposta ineficiência da gestão atual, liderada pela prefeita Adriane Lopes.

Adriane, por sua vez, candidata à reeleição, defende-se, argumentando que a rede municipal teve desempenho superior à estadual, mesmo em meio aos desafios de seus dois anos de gestão. No entanto, Beto aponta para uma década de metas não atingidas, uma espécie de marasmo educacional que, segundo ele, é fruto da ausência de políticas públicas eficazes. Em seu discurso, as palavras são firmes: falta valorização dos professores, investimentos em infraestrutura, e um olhar atento para a educação infantil, que amarga um déficit de 8 mil vagas.

As estatísticas são desenterradas e lançadas como flechas, mirando diretamente no coração da gestão atual. Ele relembra sua própria trajetória conturbada em Terenos, que pode até impedi-lo de ser candidato, onde afirma ter alcançado a meta do MEC em 2012, graças ao investimento contínuo em educação. 

A crítica se transforma, então, em promessas.

Mas, no calor das promessas e acusações, a pergunta que fica é: os números realmente falam por si, ou são apenas peças de um jogo político, moldadas conforme a conveniência? Afinal, em uma batalha onde os números são as armas, a verdade pode se perder nos detalhes.

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