Uma bebê de apenas 10 meses, Sophie Eugênia, foi morta pelo próprio pai, João Augusto de Almeida, de 21 anos, em Campo Grande, no que a polícia classifica como feminicídio. Segundo o delegado Rodolfo Daltro, a motivação do crime foi o menosprezo pela condição de mulher da vítima, que foi esganada e teve o corpo carbonizado junto ao da mãe.
O crime brutal choca o país, pois Sophie pode ser a vítima de feminicídio mais jovem do Brasil e a mais jovem do estado de Mato Grosso do Sul. Em depoimento, João Augusto de Almeida demonstrou frieza e não demonstrou arrependimento, afirmando ter desenvolvido "ódio" pela filha após o nascimento e que não pagaria pensão para "duas mulheres".
Cenário da Violência Contra a Mulher em MS
Mato Grosso do Sul lidera o ranking nacional de feminicídios consumados, com 12,6% dos casos, segundo dados do Laboratório de Estudos de Feminicídios (Lesfem) referentes a 2024. O caso de Sophie Eugênia se soma a outros registros preocupantes no estado, como o assassinato de uma adolescente de 11 anos em Dourados, também classificado como feminicídio.
No Brasil, a Lei nº 13.104/2015 tipificou o feminicídio como uma qualificadora do crime de homicídio, definindo-o como o assassinato de uma mulher em razão de sua condição de sexo feminino.
Canais de Ajuda e Denúncia
A violência contra a mulher é um problema grave no Brasil. Para denúncias e auxílio, a Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande oferece atendimento 24 horas. Além disso, o Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher) funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, para acolhimento, orientação e encaminhamento. Em casos de emergência, ligue para 190. Outros contatos incluem o Promuse pelo WhatsApp (67) 99180-0542 e a Corregedoria da Polícia Civil de MS (67) 3314-1896.
