A partir desta sexta-feira (1º), a bandeira tarifária amarela passa a vigorar nas contas de energia. A mudança ocorre devido à melhora nas condições de geração de energia no país, com o aumento do volume de chuvas e a consequente redução da necessidade de acionamento de termelétricas, que possuem um custo de produção mais elevado.

Com a bandeira amarela, será cobrado um adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Em outubro, a bandeira estava vermelha, patamar 2, com uma cobrança de R$ 7,877 a cada 100 kWh.

Apesar da melhora, as previsões indicam que os níveis de chuvas e as vazões nas regiões dos reservatórios continuarão abaixo da média nos próximos meses. Isso significa que a geração termelétrica complementar ainda será necessária para atender a demanda dos consumidores.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2015.  Seu objetivo é informar os consumidores sobre os custos da geração de energia no país,  levando em consideração fatores como o uso de fontes renováveis, a disponibilidade de recursos hídricos e a necessidade de acionar termelétricas.

"O sistema de bandeiras se consolidou no Brasil como uma forma democrática do setor elétrico dialogar com a sociedade sobre o consumo eficiente e o custo da energia", afirmou o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa.

Vale lembrar que a bandeira tarifária permaneceu verde de abril de 2022 até julho de 2024. Após esse período, houve um breve retorno da bandeira amarela, seguido por um mês com bandeira verde em agosto. Em setembro, a bandeira vermelha patamar 1 foi acionada, e em outubro, o patamar 2.