A partir de fevereiro de 2025, parte do funcionalismo público de Campo Grande terá reajuste salarial. A medida, aprovada pela Câmara Municipal em 2023, prevê aumentos expressivos para a prefeita, vice-prefeita e secretários municipais.

O salário da prefeita Adriane Lopes (PP) passará de R$ 21.263,62 para R$ 41.845,62, um aumento de 96%. A vice-prefeita, Camila Nascimento de Oliveira (PP), terá reajuste de 136%, com o salário subindo de R$ 15.947,03 para R$ 37.658,61.  O maior aumento será para os secretários municipais: 206%, elevando o salário de R$ 11.619,70 para R$ 35.657,50.

O reajuste também se estende a 408 servidores que recebem o teto salarial, equivalente ao da prefeita, que terão aumento de 97%.

A aprovação do projeto em 2023 foi marcada por debates e controvérsias, com 26 votos favoráveis e dois contrários. A justificativa para o reajuste é a correção da defasagem salarial dos cargos municipais.

Na época, o então presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges (PSD), argumentou que o reajuste era necessário para "descongelar" o salário de servidores efetivos, como médicos e diretores de escolas.

A medida gerou polêmica, especialmente entre servidores de categorias de base, como professores.

O projeto aprovado prevê que o aumento será coberto por créditos suplementares, se necessário, provenientes de outras áreas do orçamento municipal. Durante a tramitação do projeto, a prefeita Adriane Lopes se manifestou contrária ao reajuste, alegando que a medida poderia resultar em sanções para o município.