A cidade de Dourados tem sido palco de um crescimento alarmante na quantidade de áreas designadas informalmente como 'cracolândias', onde usuários de substâncias entorpecentes se reúnem em condições precárias de higiene e saúde. Esses pontos estão surgindo em várias partes da cidade, gerando apreensão entre os residentes locais e as autoridades.

Para esclarecer a situação e destacar as medidas em vigor na cidade, o Dourados News entrevistou Cintia de Souza Neto, coordenadora da Rede de Assistência Psicossocial, e Fabiana Baggio, Secretária de Assistência Social.

Baggio enfatizou a existência do serviço de abordagem social da Secretaria de Assistência Social, que opera diariamente em diversas áreas da cidade. Ela explicou que esse serviço interage com os cidadãos, ouvindo suas necessidades e os encaminhando para os serviços sociais, de saúde e sistemas de proteção de direitos, conforme apropriado.

Além disso, Baggio mencionou os esforços do Centro POP em oferecer atendimento especializado para pessoas em situação de rua, visando fortalecer laços sociais e facilitar a transição para uma vida fora das ruas.

No que diz respeito ao tratamento, Cintia ressaltou a presença de serviços dedicados ao acompanhamento de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de Dourados. Ela destacou a abordagem holística adotada pelos CAPS, que visam a reintegração dos pacientes na sociedade.

Diante da crescente demanda por serviços, Dourados está buscando melhorias, incluindo a possível criação de um CAPS com atendimento 24 horas e instalações próprias.

A Polícia Militar (PM) e a Guarda Municipal (GM) têm intensificado as patrulhas noturnas em várias áreas da cidade para combater o tráfico de drogas e garantir a segurança dos cidadãos. Esta ação tem desempenhado um papel crucial na redução da criminalidade associada ao consumo de drogas, como furtos.

Dourados, localizada próxima à fronteira com o Paraguai, enfrenta desafios adicionais devido ao comércio ilegal de drogas na região. Esta proximidade pode estar contribuindo para o aumento das 'cracolândias' na cidade, tornando o trabalho das autoridades ainda mais complexo.

Segundo o Comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar em Dourados, tenente-coronel Samuel Castilho Ferreira Aragão, as equipes têm utilizado dados de inteligência e mapeamento criminal para conduzir operações eficazes de policiamento ostensivo e repressão ao tráfico de drogas e outros crimes. Esses esforços resultaram em uma redução significativa nos furtos e apreensões substanciais de drogas.