Atraso na construção de poços mantém crise hídrica em aldeias de Dourados

| Créditos: Foto: Reprodução/Correio do Estado

Quatro meses após um acordo com o governo para resolver a crise hídrica nas aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados, a construção de poços segue incompleta. Embora dois poços já tenham sido perfurados e as caixas d'água instaladas, a falta de energia e bombas impede o uso.

Segundo Ivan Cleber de Souza, vice-capitão da Aldeia Jaguapiru, a Energisa deve conectar a energia aos poços no dia 28, ultrapassando o prazo inicial do acordo, que terminava no dia 15. Enquanto isso, caminhões-pipa continuam abastecendo as aldeias, com cronograma definido para cada uma.

O governo estadual, por meio da Secretaria de Cidadania (SEC), em parceria com a Secretaria de Saúde (SES) e o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei-MS), investiu R$ 490 mil nos poços. O acordo previa a conclusão em 90 dias e fornecimento diário de água por caminhões-pipa até o funcionamento dos poços. Em contrapartida, os indígenas liberariam a MS-156, bloqueada em protesto pela falta d'água.

O Dsei-MS informou que dois reservatórios de 30 mil litros foram instalados e que planos de curto, médio e longo prazo estão em andamento. O plano de médio prazo, com investimento de R$ 2 milhões, prevê a construção de mais quatro poços e melhorias na infraestrutura existente. A longo prazo, a Sanesul planeja fornecer água com recursos de emendas federais.

Apesar dos esforços e promessas, a comunidade indígena ainda aguarda a conclusão dos poços e a solução definitiva para a falta d'água.

Fonte: Correio do Estado

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