| Créditos: Foto: Apib/ reprodução
Um ataque violento contra indígenas Guarani e Kaiowá na Terra Indígena Lagoa Panambi, em Douradina, Mato Grosso do Sul, deixou dez feridos, incluindo três em estado grave. O ataque foi denunciado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
Vídeos do incidente mostram a gravidade da situação, com indígenas, incluindo crianças e idosos, tentando se proteger dos disparos. O Ministério Público Federal está investigando o caso. A Força Nacional, que havia sido acionada para a região no sábado devido a tentativas de produtores rurais de remover indígenas de uma área, estava realizando patrulhamento em outra área no momento do ataque.
Retaliação e violência - o acampamento Esperança, do @MST_Oficial, em Dourados (MS), foi atacado e incendiado na madrugada deste domingo (4). Representantes do Esperança estiveram na segunda (29) nas retomadas de Douradina prestando solidariedade aos Guarani e Kaiowá. pic.twitter.com/942DcFezhJ
— Cimi (@ciminacional) August 4, 2024
O Ministério dos Povos Indígenas, a Funai e o Ministério Público Federal estão no local prestando assistência médica e garantindo a segurança dos indígenas. O Ministério repudiou a violência e afirmou que as retomadas de terras estão ocorrendo em território já delimitado pela Funai.
Em um incidente possivelmente relacionado, um acampamento do MST em Dourados foi incendiado no domingo, sem deixar feridos. O Cimi sugere que o ataque foi uma retaliação pelo apoio do acampamento aos indígenas.
A Terra Indígena Panambi Lagoa Rica, reconhecida em 2011, está em fase final de demarcação, mas o processo está paralisado por uma ação judicial. A tensão na região aumentou nas últimas semanas, com fazendeiros montando acampamento em frente aos barracos indígenas. Entidades de apoio aos Guarani Kaiowá manifestaram solidariedade e repúdio à violência.
