Antibióticos básicos voltam a estar disponíveis na rede pública de saúde de Campo Grande

| Créditos: CG Notícias

Após dois anos de escassez, a amoxicilina e a azitromicina, medicamentos fundamentais, estão novamente disponíveis nas unidades de saúde da capital. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) confirmou nesta segunda-feira (6) que o estoque desses medicamentos foi regularizado.

De acordo com a Sesau, problemas relacionados a licitações e atrasos na entrega foram os principais motivos para a falta prolongada desses antibióticos. A dificuldade em realizar processos licitatórios, muitas vezes resultando em falta de interessados, e os atrasos nas entregas por parte das empresas vencedoras foram citados como causas.

Segundo o levantamento mais recente da Sesau, datado de março deste ano, três apresentações da amoxicilina estavam zeradas no estoque, com apenas a opção de pó para mistura em água disponível. Quanto à azitromicina, embora houvesse comprimidos e suspensão em pó para uso oral, faltava o antibiótico em pó para suspensão injetável.

A Sesau enfatiza que o estoque desses medicamentos está agora regularizado. Segundo dados atualizados, a Rede Municipal de Medicamentos (Remume) possui 86% dos medicamentos em estoque, o que representa um investimento de quase R$ 8,5 milhões somente em 2024.

A escassez de medicamentos na rede pública de saúde de Campo Grande é um problema antigo, com uma Ação Civil Pública em tramitação desde 2015, proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) para resolver essa questão. A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, prometeu solucionar o problema em até 40 dias durante sua convocação na Câmara Municipal em 15 de abril. Ela destacou que várias medidas estão sendo tomadas, incluindo licitações em fase final e aquisições por meio de pregões, para garantir o abastecimento de cerca de 90 medicamentos diferentes.

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