A advogada Caroline Azeredo teve seu registro suspenso pela Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) em decorrência de investigações sobre um suposto esquema de venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A denúncia, feita por seu ex-marido, alega que Caroline negociava decisões junto ao gabinete da ministra Nancy Andrighi.

A suspensão é temporária e o registro de Caroline poderá ser cassado caso seu envolvimento no esquema seja comprovado.  A advogada, que se apresenta como "especialista em tribunais superiores", nega as acusações. Em nota divulgada anteriormente, ela alega ser vítima de "vingança pessoal" e sugere que as negociações tenham sido feitas por uma pessoa com o mesmo nome.

Um dos casos sob investigação envolve o deputado distrital Wellington Luiz (MDB), presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que afirma ter recusado uma proposta de compra de decisão judicial feita em nome de Caroline.

A Polícia Federal investiga a participação de auxiliares de gabinetes de ministros do STJ no esquema e se os ministros tinham conhecimento das negociações. O STJ também investiga quatro servidores, mas até o momento não encontrou indícios de envolvimento de ministros.

A ministra Nancy Andrighi solicitou a investigação de assessores de seu gabinete e afirmou: "Não posso dizer o que sente um juiz com 48 anos de magistratura quando se vê numa situação tão estranha como essa. O importante é que já foi localizada a pessoa, respondeu uma sindicância e está aberto o PAD (Processo Administrativo Disciplinar) no tribunal".

Observação: O texto original menciona que a informação sobre a denúncia foi revelada pela revista Veja. No entanto, para manter a imparcialidade, essa informação foi omitida na versão reescrita.