Absolvição surpreende no caso do homicídio na fila do Cetremi
- porRedação
- 02 de Abril / 2024
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| Créditos: Alicce Rodrigues
Eduardo Ferreira, 20 anos, enfrentou uma batalha judicial intensa após ser acusado de envolvimento no assassinato de Fábio Aparecido da Silva de Oliveira, 26 anos, nas instalações do Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua (Cetremi). No entanto, a surpresa dominou o Tribunal do Júri nesta terça-feira (2), quando Ferreira foi absolvido das acusações.
O processo, que teve início nas primeiras horas do dia e se estendeu até a tarde, culminou com a decisão favorável ao réu por parte dos jurados.
O crime em questão ocorreu em 8 de maio de 2022. Eduardo Ferreira foi implicado como cúmplice, alegando-se que ele segurou Fábio Aparecido da Silva Oliveira enquanto Clélio Aparecido da Silva Santos desferia as três facadas fatais. O executor, Clélio, faleceu no final do ano anterior, antes da data originalmente prevista para o julgamento, em outubro de 2023.
A acusação do Ministério Público argumentava que Eduardo, de fato, segurou a vítima. No entanto, o réu negou qualquer intenção de participar do crime, afirmando que apenas conteve Fábio para impedir uma agressão a Clélio, que já estava armado com uma faca. "Não foi minha intenção ajudar Clélio a esfaquear, pois Fábio já tinha sido ferido. Eu só o segurei para evitar um confronto, e me assustei tanto que fui embora, pois nunca tinha visto algo assim antes", declarou.
Ferreira foi preso sete meses após o incidente, alegando ter evadido o abrigo por medo de "cúmplices" de Fábio. Ele também afirmou não ter conhecimento de um mandado de prisão contra si.
Clélio Aparecido da Silva Santos, por sua vez, foi detido quatro dias após o crime, em 12 de maio de 2022, por agentes da guarda municipal no Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro POP).