A Singular Guerra d’Água: Tradição exclusiva de Ponta Porã no Carnaval, (vídeo)
- porRedação
- 12 de Fevereiro / 2024
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Tradição da Guerra d'Água de Ponta Porã | Créditos: Reprodução
Ponta Porã, município situado na fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai, é reconhecido por sediar uma das celebrações carnavalescas mais excepcionais do Brasil e do mundo: a Guerra d'Água. Este evento, que se destaca como um dos mais distintos e vibrantes da região, é regulamentado pelo vereador Marcelino Nunes de Oliveira.
Originada no século passado em Concepción, cidade paraguaia às margens do rio Paraguai e caracterizada por seu clima quente, a Guerra d'Água teve seu início durante as festividades carnavalescas. Impulsionados pelas contagiantes marchinhas brasileiras, com um toque guarani, como o célebre "mamãe eu quero", transformado em "mama mandioquero", os foliões deram início à brincadeira de lançar água uns nos outros como um remédio para a ressaca dos excessos do carnaval.
O evento se disseminou pela cidade e chegou à fronteira brasileira, contagiando todos os habitantes. Inicialmente praticada diariamente durante o período carnavalesco em Ponta Porã, a brincadeira foi posteriormente oficializada por meio de uma lei municipal proposta pelo vereador Marcelino Nunes de Oliveira. Atualmente, a Guerra d'Água é restrita ao centro da cidade, ocorrendo somente nos domingos e terças-feiras de carnaval.
A tradição atrai mais de 10 mil foliões para as ruas de Ponta Porã, com destaque para a Avenida Brasil, onde os grupos se preparam para a batalha aquática. A segurança dos participantes é garantida pela Polícia Militar e pela GCMFRON, que supervisionam a brincadeira nos dias designados para a "guerra". Os grupos se preparam dias antes do carnaval, decorando caminhões, criando slogans e adquirindo grandes quantidades de balões d'água para formar os pelotões.
No domingo de carnaval, a partir das 13 horas, os grupos se posicionam ao longo da Avenida Brasil. Alguns permanecem em posições fixas, enquanto outros preferem se mover pela área demarcada. Equipamentos como capacetes com viseiras, luvas e casacos são utilizados para proteger os participantes dos impactos dos balões lançados pelos "pelotões de fuzilamento". A batalha tem início quando os grupos móveis passam em veículos, lançando água contra os grupos fixos em pontos específicos da Avenida Brasil, conforme estipulado pela lei municipal.