“A Homofobia Escancarada e a Cegueira Moral”

| Créditos: Instituto Humanitas - Nina Guimarães - Terapi

O preconceito, infelizmente, ainda veste terno e gravata, senta em cadeiras de poder e dita leis. Juraci Aparecida, ex-vice-prefeita de Rio Brilhante, é o mais novo exemplo dessa triste realidade. Em áudio divulgado recentemente, a política demonstrou toda sua intolerância ao associar pessoas LGBTQIA+ ao "diabo", questionando, inclusive, a capacidade da comunidade de cuidar de crianças e adolescentes. É de pasmar que, em pleno 2025, ainda tenhamos que lidar com tamanho atraso e desumanidade.

Mas a onda de intolerância não para por aí. Na capital sul-mato-grossense, o vereador Rafael Tavares (PL) apresentou projetos de lei que beiram o absurdo: restringir a participação de crianças em eventos LGBTQIA+ e definir o sexo biológico como único critério para competições esportivas. Ora, o que seriam essas medidas senão a institucionalização da homofobia?

É revoltante ver esses "paladinos da moralidade" apontarem o dedo para a comunidade LGBTQIA+ como se fossem a encarnação do mal. Falam com a arrogância de quem se considera superior, esquecendo-se dos inúmeros casos de corrupção, violência e desrespeito que assolam o "mundo hétero" que tanto defendem.

Em que século vivemos, afinal? Que obsessão doentia é essa em controlar a vida alheia, em ditar quem deve amar quem, quem deve competir com quem? As pessoas LGBTQIA+ não são monstros, não são aberrações. São seres humanos que amam, que sonham, que constroem, que contribuem para a sociedade.

É preciso abrir os olhos e enxergar a homofobia escancarada que se manifesta em discursos e projetos de lei. O Ministério Público precisa agir com rigor, combatendo esse câncer que corrói a sociedade e impede que as pessoas vivam com liberdade e dignidade. Chega de ódio! Chega de preconceito! O amor, a igualdade e o respeito devem ser os pilares de um mundo verdadeiramente justo e livre.

Por Alcina Reis

| Créditos: Foto: Conteúdo MS

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