A política, meus caros, é como um salão de baile. Há música, movimento e, claro, muita dança de cadeiras. E o palco principal dessa coreografia, no momento, é a Assembleia Legislativa, onde a disputa pela primeira secretaria – o segundo cargo mais importante da Casa – está mais quente do que nunca.

Nos corredores da Assembleia Legislativa, a tensão parece quase palpável. O cargo de primeiro secretário, hoje ocupado por Paulo Corrêa, virou o centro de uma disputa que tem movimentado as conversas dos deputados. A cadeira cobiçada, que carrega o poder de decisões importantes, se tornou o prêmio de uma batalha cheia de articulações e promessas.

Gerson Claro, presidente da Casa, se desdobra em negociações para manter a atual composição da mesa diretora. Um consenso, no entanto, parece cada vez mais distante. Coronel David já declarou, sem cerimônias, que entrará na disputa. Sem perder tempo, ele vasculha votos e tece alianças com a habilidade de quem já conhece o jogo.

Enquanto isso, Paulo Corrêa vive um déjà-vu. Lembra-se da vez em que Jamilson Name ameaçou desafiar sua posição, até ser dissuadido em nome da unidade partidária. Mas, desta vez, o cenário é mais turbulento, e a certeza de antes não parece tão firme. Um grupo de parlamentares, cansados da mesmice, quer renovação. A ideia de mudança soa como uma brisa fresca, e eles já não escondem o desejo de ver Paulo fora do posto.

O governador Eduardo Riedel, por sua vez, observa tudo à distância, como um maestro indeciso sobre intervir ou não. Segundo Coronel David, o governador não quer se envolver, alegando que a disputa é coisa dos deputados. Mas a ausência de um apoio explícito ao tucano pode ser um fator decisivo. E, se Riedel realmente se mantiver neutro, a mudança que muitos desejam pode, enfim, acontecer.

Por Alcina Reis, a crônica não é apenas uma narrativa do poder, mas uma janela para o drama e a expectativa que pairam sobre a Assembleia. Em cada palavra, a sensação de que os próximos dias serão eletrizantes e repletos de surpresas.