Verão de 2024 no Brasil promete mais calor e mudanças climáticas devido ao El Niño
- porRedação
- 22 de Dezembro / 2023
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Nesta sexta-feira (22), o verão inicia-se no Brasil, trazendo consigo a expectativa de temperaturas elevadas e condições climáticas não ocasionais, em grande parte à persistência do El Niño, já responsável por registros históricos de calor em 2023.
Segundo a variação do Climatempo, este verão não será típico, pois o El Niño continuará exercendo sua influência sobre o país. Espera-se um período com temperaturas acima da média e alterações significativas nas chuvas. Regiões como o Norte e o Nordeste enfrentarão uma diminuição nos índices pluviométricos, impactando a recuperação dos níveis de água dos rios. Enquanto isso, o Sul do país verá um aumento das precipitações, e as distribuições de chuva no Centro-Oeste e Sudeste também sofrerão mudanças.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) revelou que o Brasil vivenciou cinco meses consecutivos de registros na temperatura média, destacando-se o mês de setembro, que registrou uma grande diferença entre a temperatura observada e a média histórica desde 1961.
As ondas de calor extremo que assolaram o país foram atribuídas às consequências do El Niño pelo Inmet, somadas a outros fatores como o aumento das emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para o aquecimento global.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 foi considerado o ano mais quente em 174 anos de registros meteorológicos em escala global.
Para aqueles que se preocupam com as altas temperaturas, o próximo ano, 2024, não promete rompimento. O El Niño continuará influenciando o clima, prevenindo-se um período mais seco até abril, com chuvas abaixo da média no Norte e no Nordeste, intensificando ainda mais o calor em todo o país.
“Antecipamos temperaturas acima da média em grande parte do território brasileiro”, afirmou Guilherme Borges, meteorologista do Climatempo, em entrevista à CNN.
No entanto, as extensões para ondas de calor têm um alcance relativamente curto, sendo difícil prever com precisão os momentos de maior intensidade do calor nos próximos meses, com antecedência superior a uma ou duas semanas.