A PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) prendeu nessa segunda-feira (19) o ex-deputado distrital Carlos Xavier, condenado por ser o mandante do assassinato de um adolescente de 16 anos em março 2004. O ex-parlamentar, que é mais conhecido como Adão Xavier, foi julgado em segunda instância e teria que cumprir 15 anos de prisão. O crime teria sido motivado por um suposto caso entre a esposa de Xavier e o menor de idade. Ele deve ser transferido para o Complexo da Papuda nesta terça-feira (20).

O crime aconteceu perto de uma parada de ônibus no Recanto das Emas (DF). As investigações mostraram que ex-parlamentar teria contratado um homem, identificado como Eduardo Gomes da Silva, ao descobrir o suposto caso.
Ainda em 2004, Carlos Xavier teve o mandado de deputado distrital cassado. Ele chegou a ficar preso por um período, mas foi solto quando conseguiu o direito de responder em liberdade, em 2018.

Ele estava foragido desde fevereiro de 2022 e foi encontrado em um carro durante uma abordagem policial. Carlos Xavier deve ser transferido para o Complexo da Papuda ainda nesta terça. O R7 tenta contato com a defesa do ex-deputado distrital. O espaço permanece aberto.

Em abril de 2004, o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) ouviu a esposa de Xavier como testemunha de acusação no processo. A mulher negou envolvimento com a vítima, mas afirma ter tido um relacionamento com o amigo da vítima, à época com 18 anos. A testemunha pediu para ser ouvida com o plenário vazio e sem a presença do réu.

Além disso, os pais da vítima também testemunharam. A mãe do adolescente afirmou que Carlos Xavier proferiu ameaças ao seu filho, chegando a dizer "para tomar cuidado por mexer com a mulher dos outros". A mulher também relatou que o ex-deputado distrital chegou a dizer que várias pessoas tinham lhe oferecido serviços para "lavar a honra".

Já o pai do adolescente confirmou o relacionamento da vítima com a esposa de Xavier, e presenciou o ex-parlamentar ameaçando o filho dentro da própria casa.