Boa noite, Cinderela e escorpião: entenda suposto cárcere de socialite

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Um dos assuntos mais comentados pela imprensa e nas redes sociais é a história da socialite Regina Lemos Gonçalves, de 88 anos. Segundo a herdeira da empresa de baralhos Copag, o seu ex-motorista José Marcos Chaves Ribeiro a teria mantido em cárcere privado por 10 anos em um apartamento no Edifício Chopin, no Rio de Janeiro.
Os anos de cativeiro tiveram um ponto-final no último 2 de janeiro, quando Regina conseguiu escapar do apartamento e buscar ajuda na residência do irmão caçula, Benedicto Júlio Lemos, de 84 anos. Em entrevista exclusiva à Coluna Claudia Meireles, um sobrinho da socialite relatou alguns dos momentos difíceis enfrentados por ela.

“Maus-tratos de todas as formas”
Estilista de 41 anos, o brasiliense Álvaro O’hara esclareceu que a tia materna está bem de saúde após ter ficado meses em cárcere privado e “sofrido maus-tratos de todas as formas” por parte de José Marcos. “Graças a Deus, ela fez todos os exames e está bem. Ele a deixou passando fome”, assegura o sobrinho de Regina.

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Conforme relato de Álvaro, Regina chegou à casa do irmão apenas com a roupa do corpo e pesando 42 quilos, o que a fez ficar debilitada. “Durante esse tempo todo, ela teve as mãos quebradas e afundamento de crânio. Ela está com oito pinos na cabeça, mas está completamente lúcida, muito consciente e a única coisa que queremos é Justiça. Ela sabe de tudo o que está acontecendo”, reforçou.

O estilista expôs outros episódios vividos pela tia materna em cativeiro. Em um deles, José Marcos teria colocado escorpiões no apartamento. O objetivo dele era que o aracnídeo picasse Regina Lemos Gonçalves. “Ele é um mostro, uma pessoa perigosa, porque ela morrendo na atual situação, ele seria o único herdeiro dela”, explanou Álvaro.

carioca Regina Lemos Gonçalves e José Marcos Chaves Ribeiro | Créditos: Reprodução/Socialite/Metrópoles

Os familiares e Regina afirmam que José Marcos forçou a socialite a assinar um documento de união estável. A idosa de 88 anos alegou não se lembrar do registro. Vale destacar que a socialite ficou viúva do fazendeiro e proprietário da empresa de baralhos Copag, Nestor Gonçalves, em 1994. O casal não teve filhos.

À época do falecimento de Nestor, o patrimônio deixado a ele para Regina chegou a ser avaliado em US$ 500 milhões, o equivalente a R$ 2,5 bilhões em cotação atual. Em entrevistas, parentes enfatizaram que José Marcos roubou uma parte considerável da fortuna da socialite, o que inclui joias.

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A socialite rodeada dos amigos no apartamento fixado no Edifício Chopin


Descobertas
Em 2013, Álvaro foi morar por quatro meses com a tia materna em São Conrado, no Rio de Janeiro, e presenciou ocasiões preocupantes: “Lá, eu pude ver a situação dela. Ela já estava completamente tomada por ele”. O brasiliense lembra que José Marcos “se dizia farmacêutico” e passou a dar remédios para a socialite.
“Ele começou a dopar a minha tia. Eu encontrei vários frascos de medicamentos”, garantiu o estilista brasiliense.

Em alerta quanto a situação da tia, o estilista recorreu a um amigo que estudava química na Universidade de Brasília (UnB): “Chamei um amigo meu e ele falou: ‘Isso aqui é um composto que é a base do Boa Noite, Cinderela”. Álvaro frisa que Regina vivia “dopada o tempo todo” e “dormindo”, enquanto José Marcos Chaves Ribeiro se sentia o “senhor de tudo, com os cartões de crédito e talões de cheque” da socialite.

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