Acusado de desvio milionário, ex-presidente da FFMS pede Justiça gratuita e é intimado a comprovar alegações

| Créditos: Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax


Acusado de desviar mais de R$ 10 milhões da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira afirmou à Justiça não ter condições financeiras para arcar com as custas processuais. Apesar da alegação, ele contratou advogado particular para recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), buscando reverter sua destituição do cargo, ocorrida em outubro de 2024.

Em despacho publicado nesta quarta-feira (4), o vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), desembargador Fernando Mauro Moreira Marinho, determinou que Cezário apresente provas da suposta incapacidade financeira no prazo de cinco dias, sob pena de indeferimento do pedido. Nenhum documento foi anexado até agora.

A destituição do ex-presidente foi baseada em documentos da Operação Cartão Vermelho, do Gaeco, que apontou o repasse de mais de R$ 2 milhões a parentes, omissão de informações financeiras e falsificação de documentos. Ele é acusado de chefiar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Preso duas vezes em 2023, Cezário atualmente está em liberdade provisória com tornozeleira eletrônica. Após 28 anos no comando da FFMS, foi substituído por Estevão António Petrallas, eleito presidente em abril de 2025. A defesa de Cezário questiona a legalidade da destituição e segue tentando reverter a decisão judicialmente.

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