Fraudes em licitações na prefeitura de Sidrolândia eram tão escancaradas, na gestão Marcelo Ascoli, que até um lava a jato chegou a concorrer para podar árvores na cidade. Não foi difícil para o Ministério Público Estadual descobrir o desrespeito aos pagadores de impostos.
A prefeitura da cidade passou por uma devassa, quando da deflagração da Operação ‘‘Tromper’‘, do MPE com o Gaeco e o Grupo Especial de Combate à Corrupção, no dia 18 de maio. Os crimes se davam na contratação de empresas para prestar serviços à prefeitura.
Os envolvidos são empresários e servidores públicos, inclusive do alto escalão da gestão Marcelo Ascoli, sem qualquer relação com a atual administração. As fraudes teriam sido cometidos em 2017.
Fraudes
Conforme a investigação, ao analisar os processos licitatórios, foi observado, por exemplo, que a Carta Convite ‘‘12/2018’‘, trouxe que um lava a jato disputou uma licitação para podar árvores na cidade. Ou seja, a empresa sequer tinha estrutura para fazer tal empreitada.
Ainda sobre a contratação da empresa Odinei Rombeiro de Oliveira -ME (lava a jato), foi observado que a participação era apenas de fachada, para fazer com que outra empresa, que participava do conluio, ganhasse o contrato municipal.
Após análise mais aprofundada, o MPE descobriu que o tal lava a jato nunca teve pessoas em seu quadro de trabalho. A ausência de representantes das licitantes na ata de sessão da licitação também chamou a atenção dos investigadores.
Buscas e apreensões
A carta convite é apenas um das várias fases de licitações investigadas pela força-tarefa. No dia da deflagração, a Justiça de Sidrolândia autorizou 16 mandados de busca e apreensão na cidade. Foram 13 alvos, sendo nove pessoas físicas e quatro CNPJs.
As informações sã do MPE e o espaço está aberto aos citados.